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Sintego: um gigante em decadência, que precisa reagir

É com grande pesar, e preocupação, que tenho visto ruir aquela que por pouco ainda é a maior entidade sindical de trabalhadores públicos da região centro-oeste, o Sintego (Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Goiás), do qual sou filiado.

É assustador e desmotivante o número de desfiliações que tem acometido o sindicato, notadamente a partir do início deste ano, como reflexo de greves bancadas pelo Sintego, que em nada de substancial resultaram para a categoria, à exceção da assinatura de promoções que se deram a passos de tartaruga.

Tal descontentamento foi enfaticamente agravado em função de companheiros educadores da base do movimento terem se sentido usados com a greve do ano passado, quando ao final da mesma, diretores  do Sintego aproveitaram para apoiar candidatos de oposição ao governo estadual em vários municípios, e receberam em troca cargos de primeiro escalão, a maioria deles de secretários de Educação.

Existe a esperança, mesmo que pequena, de que os companheiros que assumiram cargos de confiança, possam realmente fazer a diferença e realizar ações que possam beneficiar a categoria em seus municípios, pois se isto não acontecer, aí sim, a revolta da categoria será maior e não temos como prever o resultado desse levante dos trabalhadores em Educação do Estado de Goiás.

Uma prova concreta da desilusão da categoria com o nosso Sindicato pode ser percebida no último dia 16, com a realização de uma Assembléia da rede estadual em frente à Catedral Metropolitana de Goiânia. Se não fossem os estudantes da UEG (Universidade Estadual de Goiás) que foram para o mesmo local fazer uma manifestação em defesa da Universidade, a Assembléia convocada pelo Sintego seria um fiasco, por conta dos poucos “gatos pingados” de trabalhadores da Educação ali presentes.

Agrava a situação o fato de a assembléia de 16 de abril ter acontecido um dia após os deputados estaduais terem aprovado por unanimidade a proposta do governo estadual de integralizar o pagamento do nosso Piso Salarial apenas em junho de 2010. Diante de tamanha afronta, era de se esperar uma assembléia com milhares de pessoas, tendo em vista que somos mais de 100 mil trabalhadores em Goiás.

Não há como negar que a desmotivação das pessoas está ligada às questões acima elencadas. Assim como não há como negar a falta de agilidade da direção em, diante de um momento tão importante (de votação de uma proposta que vai diretamente de encontro aos nossos interesses), se prestar ao seu papel de direção: pensar e agir rápido. Se não dá tempo de mobilizar, pelo menos usar do dinheiro do Sindicato (que não é pouco) com recursos úteis: uma campanha na mídia, por exemplo, de rádio e TV, denunciando o governo, conclamando a categoria a se mobilizar, coisas assim.

Mas, infelizmente, a direção está mais preocupada com outras questões. Para minar a sangria das desfiliações quase que em massa que vem ocorrendo, lançaram uma campanha de filiação sem nexo causal, pensando que filiar pessoas ao sindicato é como vender sabonete e dar prêmios tal qual palitos de picolé premiados. Quanta estultice, meu Deus!

Nem tudo está perdido, porém. Não se pode confundir o Sintego com a direção atual do Sintego. Somos uma base unida, lutadora, cheia de cabeças novas para pensar modelos alternativos e diferenciados de embate.

Para além disso, somos um Sindicato referência para outros segmentos de trabalhadores. Se fomos usados em dados momentos, a culpa não foi nossa. Agimos de boa fé, com o fim único de alcançarmos benefícios para a coletividade, e não para projetos individuais.

É preciso reagir. A categoria tem de encontrar uma saída para não ficar à reboque de uma direção do Sindicato que sequer reuniu 10 pessoas para pressionarem os deputados estaduais a derrubar na segunda votação a proposta do governo na Assembléia Legislativa de integralizar o Piso só em 2010. Uma direção que colocou pouco mais de 50 carros e motos numa carreata no dia nacional de paralisação pelo Piso (24 de abril) e teve o disparate de publicar no site da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) que foram mais de 800. Ora, 800 veículos transpassaria o Eixo Anhanguera de fora a fora! E lamentavelmente ficamos longe, muito longe disso.

Portanto, insisto que é preciso reagir. Não à decadência do nosso, que, felizmente, ainda é o maior sindicato da região Centro-Oeste, e um entre os sete maiores do Brasil! Mas até quando???

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